domingo, 25 de agosto de 2013

Expetativas para o US Open


Sendo o mais sincero possível, não gostei do post que escrevi como antevisão ao US Open. Foi um bocado moldado para as apostas e penso que não me saí bem nem nesse campo, nem no que realmente espero para este US Open. Assim sendo, aqui fica uma segunda tentativa.

Começando pelo que me dará mais interessante nesta primeira semana (que já começa amanhã!!), teremos a prestação de três tenistas portugueses (João, Michelle e Maria João). Nenhum deles jogará esta segunda feira. No entanto, não é cedo para avançar com prognósticos. O João terá grandes dificuldades, o Dimitrov está a tornar-se um senhor jogador, muito forte, possante e agressivo, no serviço está imparável e o João estará como um peixe fora de água, uma tarefa realmente complicada.

Quanto às "nossas senhoras", um duelo frente à mesma oponente do Roland Garros para a Maria João, será tanto ou mais complicado. Se em França a Cornet tinha o apoio do público, mas estava fisicamente muito desgastada devido a uma semana anterior intensíssima, agora chega em boa forma e apesar de parecer sempre ofegante será muito mais regular. A Maria João tem um bom jogo, pode causar sensação, mas ainda tem algumas falhas que tem de corrigir, se não demonstrar que está segura no serviço, se não conseguir não fazer algumas duplas faltas, a francesa não dará hipótese. Quanto à Michelle, uma fase de qualificação sempre no limite, já jogou 9 sets neste US Open e teve alguma sorte no sorteio. A verdade é que quem ganha à Sharapova em Wimbledon mete medo a qualquer uma, mas frente à Daniilidou poderá ter algumas dificuldades, ainda que parta como favorita. Ainda assim espero uma vitória e um provável embate com a Kirilenko na segunda ronda terá tudo para ser um grande jogo. A Kirilenko acelera muito as bolas e acaba por cometer erros, e se a Michelle ganhou assim à Sharapova, aproveitando a força que ela imprimia nas pancadas, para contra-atacar, contra a Kirilenko poderá usar essa mesma arma, no entanto será com certeza uma tarefa complicadíssima.

Sobre os candidatos ao título, mudei um pouco de opinião quanto ao vencedor. É verdade que o Nadal está noutro mundo, jogou um ténis soberbo e prepara-se para um bom US Open. Como disse o Djokovic e o Federer, está a ser o jogador do ano. Mesmo assim, um Grand Slam, à melhor de 5 sets, com um quadro difícil, sim, porque Harrison, Isner, Federer, (quem chegar à meia final) e um Djoko na final não é tarefa fácil, poderá representar jogos, sets e minutos a mais para o joelho do espanhol. Como tal, esperando que o Nadal chegue à final, pois tem mostrado ténis para isso, se for frente ao Djokovic tenho de acreditar mais no sérvio. O senão estará no percurso do Djokovic, o jogo contra o Del Potro determinará se será o sérvio a ganhar este US Open. Não acredito que o Murray ou o Berdych façam alguma coisa, e um Djokovic bem concentrado é meio caminho para não dar hipótese. Já vimos em Roland Garros e nos outros anos que o Nadal mesmo jogando ao seu melhor nível falta-lhe sempre mais alguma coisa para vencer o Djokovic, que apenas perde ou em terra batida, ou quando algo se passa (fora do normal). Como não se verifica nenhum dos casos, resta-me deitar no sofá e desfrutar de um bom US Open. No início do post está um dos jogos que mais gostei de ver, não só por ter sido no meu dia de anos, mas também por estarem dois tenistas ao mais alto nível a jogar pela vida.

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